Desilusão, intolerância, ansiedade.
Entre esses caminhos tortos, atravessando as curvas, olhando pelas janelas de ônibus, trens, metrôs, carros, transportes... Caminhar, correr, andar, esperar.
Entre os intervalos de horas que vencem o dia, executando e pensando... Enlouquecer, protestar, violentar, ofender, gritar, fingir, mentir.
Entre os suspiros dados, sentir. O cheio do rio, podre. O cheiro do mendigo, lamentável. O perfume da mulher ao lado, lembrança.
Entre os ruídos da cidade, uma voz ausente. Ecoando, permanecendo, repetindo, confundindo.
Atrapalha-se a vista. Não é possível viver sem procurar o teu passo, teu intervalo, teu aroma, tua voz, teu corpo.
Lamenta-se...
Sente-se falta.
Falta.
Falta bem mais do que somente uma presença. Falta em mim, eu falto. Não compareço.
A primavera passa e o verão já bate a porta. Solidão, sinônimo.
Entre as clavículas e decotes de vestidos, procuro a marca que gostaria de ter deixado.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
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